Muitos pacientes fazem tratamento irregular para asma devido ao receio de ficarem dependentes das medicações inalatórias cujos dispositivos são popularmente chamados de bombinhas.
Como a asma responde muito bem ao tratamento, logo os sintomas desaparecem e isso motiva redução da dose e até suspensão inadequada sem consultar o médico. O que acontece depois? Nova crise!
A asma é uma doença caracterizada por uma inflamação crônica dos brônquios. Os brônquios inflamados levam a um estreitamento da passagem do ar e produção de muco / secreção. Nos pacientes com sintomas frequentes (tosse, chiado e falta de ar), os chamados de asmáticos persistentes, é necessário o uso de medicações regularmente para manter esta inflamação controlada, reduzir os sintomas e prevenir crises.
"O tratamento para asmáticos persistentes não cura mas controla a doença."
Assim como o hipertenso toma o anti-hipertensivo todos os dias para manter a pressão controlada e o diabético toma todos os dias o antidiabético para manter a glicose em níveis aceitáveis, o asmático persistente precisa fazer uso regular da medicação inalatória prescrita para manter a asma controlada.
Este tratamento deve ser reavaliado a cada 2 ou 3 meses. O objetivo é manter a asma controlada com a menor quantidade de medicamentos possível.
Em resumo, as medicações de asma não causam dependência. São os pacientes com asma persistente que precisam fazer uso contínuo das medicações para manter a asma controlada.
Sua asma está controlada? Mesmo sem ter sintomas aparentes, é importante ir ao pneumologista para ser examinado e fazer uma espirometria (exame que avalia a função pulmonar). Muitas vezes apenas a ausculta do médico e/ou a espirometria detectam que o pulmão não está bem e precisa de tratamento!
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